QUE MOINHO
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vai moer, esmigalhar estes sonhos de morte onde as ideias se poderiam separar em migalhas de sonhos de vida. Que rio é este onde não posso molhar os pés? Que tipo de respostas existem aqui do outro lado da minha rotina? Quem é que me vai trazer o vinho da minha consciência? Para onde foram os peixes que desesperam por água limpa? E eu que desespero por uma frecha de ar que me preencha de conclusões. Que indecisão! Que medo que é vaguear sem saber o que procurar. A espuma amarela deste rio enoja-me como se estivesse agora na minha boca, mas é afinal e apenas o enjoo deste balanço do barco. Eterno e calmo. Mordo a boca do enjoo a querer morder o mundo. Crio aftas para dar relevo ao interior onde vamos viver.
A minha cidade avista-se agora com clareza. Nunca me irei afastar deste horizonte.
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