Arbitrariamente eu

Podia apenas pintar uma tela que exprimisse um transtorno diagnosticado pela medicina, como tantos outros quadros, que ao longo dos tempos têm vindo até a suceder por muitos anos ou décadas ou e milhares delas. Coloco a questão: Usaria apenas as cores primárias, ou arbitrariamente iria pelas cores que assim o são? Nesse quadro desenharia uma enorme cabeça, cheia de bonecos e conceitos conhecidos a todos, ou quase todos, e outros conceitos conhecidos também eles desde outrora, escolhidos aleatoriamente... Mas...Porque é que nem eu nem a medicina explica uma enorme percentagem da cabeça? não daquela que desenhei na tela e sim, daquela que, por consequência passeamos por sobre os nossos ombros? 
Não quero descredibilizar nenhum tipo de apoio psiquiátrico, apenas deixar esta questão quase retórica. Não quero minimizar àqueles que me têm mantido literalmente viva, e pelo contrário louvar à equipa que me tem vindo a avaliar há cerca de nove, dez anos... Mas o mistério continua... 
Só quero numa frase dizer que ainda existe uma réstia de mim que acredita nela mesma, em mim, e na faculdade de o ser. Eu. Teresa Raquel.


P.S: Só que isto de ser eu nada tem de arbitrário... Nem de livre arbítrio... se tivesse que fazer hemodialise essa seria a minha cruz.. neste caso anos depois continuo a sofrer mas a luta mostrando toda esta verdade que não consegue ficar dentro de mim, no fim sabe muito melhor, podem crer.

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