Nós, Belos.
Cheiras a início de Primavera,
quando se atravessa uma estrada de terra molhada,
e se bebe um sumo fresco doce e amargo de limões ou laranjas.
Tornas-te quente suculento com tudo isso... Como a terra a secar ao sol.
ainda semi-húmida...Macia...Como tu.
Como a terra despida, assim te sinto bonito a dormir.
Que a guerra rebente! Que para nós não haverá mais guerra! Nunca!
Que o trovões rebentem em raios florescentes, que assim serão a nossa música de embalar enquanto eu me encostar no teu ombro quente.
Nada tão doce quanto aqueles beijos ao som da chuva pesada,
debaixo daquele chapéu de chuva, ainda que tivéssemos arcadas de prédios ao nosso dispor.
O amor é assim: ridículo, tal como as cartas do Fernando Pessoa.
,
mais ainda quando os teus olhos azuis se cruzam com os meus, eles também azulados...ou verdes....como se este pormenor interessasse: Como se fossem dois pinheiros de inverno...
És início de Primavera mas nós juntos seremos sempre Inverno de chuvas pesadas.
Comentários
Enviar um comentário