Ao Invés De Fugir

 Em vez de viver

Em vez de viver quis ir,

Em vez de viver não quis nada mais,

Ao invés de viver sobrevivo ansiosa

doiam-me as minhas camadas do ser

sem saber o que ser

como agir?


Que chegue por fim a tão esperada Aurora,

Que se abram as cortinas

Para podermos atuar em direção ao Outrora

Para podermos tatear o amor em cena

Sem medo de nada Sem medo de ser


Os dias que se seguem agora são nada mais que bizarros,

Nem sei bem como ainda aqui estou.

Estamos amarrados

Desejando o tatear o amor

Desejando que as cortinas se abram de uma vez


Por enquanto enlouqueço muito

todos os dias não são normais

Nem iguais a como de antes

Nem eu os desejo nem quero

redundantemente assim fico no camarim

Esperando...Esperando...


Por enquanto a ansiedade é como corda ao pescoço 

apertada

todos os dias são duros

Todos os dias penso em partir

Sem a plateia assistir


Há que aproveitar que as cortinas ainda não estão abertas

Mas não, penso

Mas não o faço

Escrevo com embaraço

Sobre a minha vontade de cheirar as tábuas

Sobre a minha vontade de fugir


Penso nos meus cheirosos filhos,

e aqui fico... À espera

Como os que têm esse dom





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