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A mostrar mensagens de junho, 2019

A Casa Lúdica

Ao ouvir a música ideal Aquela que te inspira intruso agradável Qual é a casa Eu ficarei sempre aqui  Onde tu ficares Quero que o sejas Quando for esse momento Que tanto aguardamos A calma que nos abrace O orgulho nos abandone E a entrega que seja inevitável Não quero saber de mais nada E tu também não

Emboscada II

Deixo estes textos em aberto... Bem... Perguntava-me sobre o que faria se visse o meu filho à descoberta especado em frente ao espelho tal como eu fazia, a pensar que talvez aquilo ali não fosse só e apenas ele mesmo... que haveria muito mais... e em seguida falei do mal gratuito... Isto querendo expressar que existem os que querem lutar pelo bem maior... (espero conseguir educa-lo para isso), e os que fazem o tal mal... porque sim... porque querem fazer, não sei bem... Teria de voltar a ler o "Príncipe Maquiavel", mas eu acredito ao contrário do livro, que nós nascemos bons! E ninguém me venha convencer do contrário.  Por isso penso também que criar um filho é lindo com tudo o que tem essa mesma palavra "lindo", e ao mesmo tempo existe a tal "emboscada" que nos aguarda com todos os perigos que também ela tem... E aí reside toda a minha responsabilidade. A ver vamos... (:

Emboscada

Desde muito nova, não sei precisar idade talvez, talvez nuns seis ou sete anos, percebia que algo no mundo estava demasiado mal explicado. Observava-me tanto tempo, imóvel ao espelho que acabava por ficar com uma sensação estranha. como se ali estivesse um corpo apenas, uma carapaça de olhos azuis esverdeados, e ali mesmo, naquele momento, creio que foi mesmo nesses momentos em que o fazia, que tive realmente a sensação de que a alma existia, e que havia de evoluir de alguma forma.  Esta consciência manteve-se intacta de curiosidade em desenvolver estas demoradas contemplações ao espelho. Não eram para me "embonecar", nem para cantar como muito fazia também, nem para fazer caretas como às vezes fazia antes, mas sim, para parar e ficar ali... Especada... parva com a existência.  A minha questão nos dias de hoje é: Porque prevariquei tantas vezes? porque é que gritei e faltei aos respeito aos meus pais tantas vezes? porque é que pequei tanto? Pecar... usar esta palavra sem...

Nós, Belos.

Cheiras a início de Primavera,  quando se atravessa uma estrada de terra molhada,  e se bebe um sumo fresco doce e amargo de limões ou laranjas.  Tornas-te quente suculento com tudo isso... Como a terra a secar ao sol.  ainda semi-húmida...Macia...Como tu. Como a terra despida, assim te sinto bonito a dormir. Que a guerra rebente! Que para nós não haverá mais guerra! Nunca! Que o trovões rebentem em raios florescentes, que assim serão a nossa música de embalar enquanto eu me encostar no teu ombro quente. Nada tão doce quanto aqueles beijos ao som da chuva pesada,  debaixo daquele chapéu de chuva, ainda que tivéssemos arcadas de prédios ao nosso dispor.  O amor é assim: ridículo, tal como as cartas do Fernando Pessoa.  ,  mais ainda quando os teus olhos azuis se cruzam com os meus, eles também azulados...ou verdes....como se este pormenor interessasse: Como se fossem dois pinheiros de inverno...  És início de Primaver...

Lágrimas de Alegria

Nem tudo é sobre mim em mania, ou depressão aqui. A minha avó materna poucos dias antes de me deixar disse-me: "Nunca te arrependas de fazer o bem." Lembro-me como se fosse ontem, aquela carinha de bebé na qual só apetecia dar beijinhos sem fim, contudo, ela não sabia bem o que isso era, o miminho... Uma geração diferente, em que a minha mãe relata que nunca tinha, daquilo que se lembrava, tido um abraço ou um beijo dos pais... O meu pai conta o mesmo da parte dos pais dele... Gosto de pensar que ao menos o amor pairasse por ali de forte forma a pontos de ser uma energia de carinho no simples ato de passar a fatia de pão à filha, ou deixar de jantar para que os filhos pudessem ter uma refeição minimamente aceitável. Sim, as minhas origens são muito humildes. Em tempo envergonhei-me disso, era eu mesmo uma "pita", quando a minha turma eram só "betos", "mas para quê?" pensei eu na altura. Fingir que somos de origens de "Nata" é só cá...

A Divagar MAIS UMA VEZ! AH!

Maldito tempo passado! O momento presente é tão maravilhoso que cansa não poder chegar a ela de uma forma mais plena. Os momentos que tenho vivido nas últimas semanas, em termos de reabilitação...? Não. Eu nem quero expressar-me acerca disso, e muito menos que o pensamento de que à medida que vou ficando mais velha uma recaída e outra reabilitação se tornam mais difíceis passe pela minha cabeça novamente. Isso atormenta-me e deixa-me a tremer de medo. Eu não quero viver com medo. Aparentemente mantenho-me minimamente aprimorada, arranjadinha, tento manter essa rotina pela saúde e bem estar do meu filho. Solteirona e sem isto tudo... mas para quem é que estou a escrever? não me importa... Importa-me desabafar numa "rua" em voz alta para que todos "ouçam" o que me está a doer desta vez... Vem o bom tempo, chega Maio e "PIMBAS!" toma lá umas visões, a cabeça a pensar a mil à hora, coisas junto à realidade e outras que não... enfim... Estava eu já n...

Longe da Utopia

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Não sei bem ainda em que dimensão me encontro na nossa terra. O que sei é que as tarefas aqui têm sido pesadas, e que muitos das grandes mudanças positivas que alguém por aí, ou alguma coisa me coibiu completar, ficaram incompletas, porque ou me distraí, ou porque... Por outra razão que não está na minha posse interior sequer saber o porquê, nestas dimensões, 1º? 2º? 3ª? ou 4ª... 5ª? talvez esteja a despertar uma e mais uma vez... Quem sabe? O que sei agora é que estou um pouco entre "a espada e a parede, porque não só eu como alguns leitores, já tivemos provas. Algumas pessoas esperavam de mim "grandes" acontecimentos profissionais, nesta curta carreira de cantora e actriz, mas eu falhei, falhei redondamente, contudo e felizmente, e como já referi estou no tal beco sem saída, onde só vejo uma opção, esse tal beco abre para o meu caminho, e daqui vocês tiram as ilações que entenderem, espiritualmente ou da forma que conseguirem...  Eu recebi mensagens que não consig...

O Primeiro

Que sabia eu sobre ser mãe? Nada! Mas tu ensinas-me tanto... Existem milhões triliões de frases, sobre ser uma mãe, e depois existe , independentemente do tema  sobre o qual escrevo, o medo de não ser avant guarde Como não ser até curriqueira aps olhos de outros alguns... Ao tocar no assunto do leite, das fraldas... and so on... Mas meus amigos, esta é a beleza de todas as belezas: não é ser mãe, é O Teu Filho. "ver o teu sorriso: Não existem tanta sinceridade em mais nada senão no teu sorriso", como diz o teu pai.  Estou tão apaixonada por ti e por consequência por mim, assim, com mais vinte quilos e tal a mais mas acredita filho, tu fazes-me superar drásticamente, e positivamente TODOS de um dia para o outro.  Hoje já não pretendo agradar ninguém, muito a outros que tais. Hoje a mãe vai estar sempre a pensar na melhor forma de não te desiludir. E sabes: Não existe nenhum tecto para os  teus sonhos nem para as tuas ideias. Acredita.
3.6.2015 Já mudei de convicções políticas mil vezes Já vi este filme mil vezes Já tive vontades diferentes e opções que tu nunca vais compreender Já vi a tua vida por um binóculo infinito Não me julgues Mas eu já estudei coisas que nenhuma faculdade decidiu como dogma Sou maluca? Sou. Por um activismo sem sentido nenhum Vejo-te através de mim E não tenho vergonha de assumir que a minha convicção é absolutamente nenhuma. Foi ali junto de mim que mudei. Sim mudei. Não quero repetir as mesmas histórias Nem me vou perder nunca na mesma rolha de sempre vinho? toneladas para banhar um país inteiro Sou aquilo que sou. E já não me sinto triste quando não gostam de mim Escrevi mil textos quem me dera nunca ter apagada e feito reset naquilo que escrevi até hoje. Mas até o meu cofre já se encontra vazio. Deitei todos aqueles papelinhos e recordações fora. Porque já não preciso de te recordar em cintos prateados a dançar sem que ninguém te levasse a mal. Vi...

Arbitrariamente eu

Podia apenas pintar uma tela que exprimisse um transtorno diagnosticado pela medicina, como tantos outros quadros, que ao longo dos tempos têm vindo até a suceder por muitos anos ou décadas ou e milhares delas. Coloco a questão: Usaria apenas as cores primárias, ou arbitrariamente iria pelas cores que assim o são? Nesse quadro desenharia uma enorme cabeça, cheia de bonecos e conceitos conhecidos a todos, ou quase todos, e outros conceitos conhecidos também eles desde outrora, escolhidos aleatoriamente... Mas...Porque é que nem eu nem a medicina explica uma enorme percentagem da cabeça? não daquela que desenhei na tela e sim, daquela que, por consequência passeamos por sobre os nossos ombros?  Não quero descredibilizar nenhum tipo de apoio psiquiátrico, apenas deixar esta questão quase retórica. Não quero minimizar àqueles que me têm mantido literalmente viva, e pelo contrário louvar à equipa que me tem vindo a avaliar há cerca de nove, dez anos... Mas o mistério continua......